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Polícia Civil prende homem acusado de ter degolado jovem em Jeremoabo


Policiais civis Moura e Francisco, lotados na 1ª DT/Euclides da Cunha BA, prenderam a pessoa de José Híldon Muniz Barreto (37), natural de Jeremoabo BA, que se encontrava foragido após ter cometido homicídio contra o jovem Leilson Gama Araújo (23), fato acontecido no último domingo (10), de grande repercussão em Jeremoabo, município do nordeste do Estado da Bahia, região de Paulo Afonso, principalmente pelo fato de o criminoso-confesso ter aplicado um golpe de faca no pescoço da vítima, depois de tê-la atingido com um tiro de espingarda nas costas.

A prisão aconteceu por volta das 15h, desta quarta-feira (13), quando Híldon se encontrava em um ponto de ônibus e de automóveis que fazem transporte intermunicipal de passageiros, situado no contorno do Bar do Ponto, em Euclides da Cunha, depois de ter sido reconhecido por um caminhoneiro de Jeremoabo que trafegava pela Rodovia BR 116/Norte (Santos Dumont), que se dirigiu ao Complexo Policial Civil e na 1ª DT, que fica próxima ao Bar do Ponto, fez a denúncia aos agentes policiais civis de plantão.

Com as características físicas e os trajes do criminoso em mente, os agentes se dirigiram imediatamente para o local, efetuaram a prisão e o conduziram para a 1ª DT, onde se encontra temporariamente recolhido ao xadrez, já que a prisão fora comunicada ao delegado de polícia de Jeremoabo, que se dispôs a vir busca-lo e recambiá-lo para Jeremoabo, onde já existe, em aberto, um Mandado de Prisão expedido em desfavor do criminoso, por este crime. 

AMEAÇA DE MORTE PODE TER SIDO A CAUSA DO CRIME: Em uma rápida entrevista para o repórter José Dilson do site euclidesdacunha.com, que recebera a informação, em primeira mão, da prisão de Híldon -passada pelo repórter-editor deste site, Jaciel Correia- que imediatamente se dirigiu ao CPC e, junto ao preso obteve as informações sobre a causa do assassinato.

VERSÃO DO ASSASSINO-CONFESSO: “Não estava aguentando mais as cobranças incessantes de uma dívida contraída por meio de um empréstimo no valor de R$ 2.500 reais, feito a Leílson, que dá última vez que se encontrou comigo voltou a cobrar o pagamento imediato do débito e fez ameaça de morte caso não pagasse logo toda a quantia emprestada”. 

Ainda segundo Híldon, “o dinheiro foi emprestado para que ele inteirasse o pagamento de uma casa que comprara depois que vendeu a casa em que morava e era muito pequena e queria mudar-se para uma casa maior, mas que teve dificuldade para juntar a quantia emprestada e efetuar a quitação do débito junto a vítima, já que trabalha como diarista em serviços de roça”. 

O CRIME: ao ser perguntado por este repórter se havia decapitado a vítima, respondeu: “Estava sentado na frente de minha casa, quando Leílson passou de moto em direção a localidade do Brejinho de Cima, perto do povoado de Água Branca, às margens do Rio Vaza Barris. De imediato fui atrás e fiz um disparo de espingarda contra as costas da vítima, que caiu ao solo, ao lado da motocicleta, momento em que aproveitei para golpeá-lo com uma facada no pescoço; porém, sem separar a cabeça do corpo”. 

A informação sobre o ato de decapitação foi amplamente divulgada nos meios de comunicação da cidade e região, redes sociais, entre outros. O laudo pericial expedido pelo médico-legista do IML de Paulo Afonso, para onde o corpo foi levado para necropsia, deverá confirmar ou não se realmente houve o ato de decapitação, que só ocorre quando a vítima, ainda com vida, tem a cabeça separada do tórax por meio de instrumento laminoso, machado, guilhotina, etc.

FUGA E ARREPENDIMENTO: “Após o crime, voltei para casa e permaneci até a manhã do dia seguinte, quando resolvi viajar para a cidade de Cipó BA, terra de minha esposa, (distante de Jeremoabo 127 km), onde pretendia ficar. Arrependido, resolvi voltar para Jeremoabo e me entregar à polícia. Peguei um transporte até Pombal, andei a pé e de carona até Tucano, onde embarquei em um carro para Euclides da Cunha, de onde seguiria para Jeremoabo, mas terminei sendo preso”, concluiu. Perguntado se era usuário de drogas ou tinha envolvimento com o tráfico de entorpecente, respondeu negativamente. 

O corpo do estudante assassinado, que segundo informações postadas nas redes sociais, era um jovem com muitos amigos e bem aceito na comunidade onde morava, foi encontrado na manhã desta segunda-feira (11), por um agricultor que passava pelo local onde ocorrera o crime e comunicou o fato a polícia.

*Crédito de fotografias/pesquisa/texto: Polícia Civil (25ª Coorpin), site Jeremoabo Agora, José Dilson Pinheiro/Jaciel Correia, site euclidesdacunha.com

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